Para entrar com os telefones nas prisões, o servidor cobrava a bagatela de R$ 20 mil por aparelho que chegasse até as celas
O policial penal preso por integrar a facção Comboio do Cão (CDC), contrabandear celulares para dentro da prisão e planejar fuga de faccionados, cobrava a bagatela de R$ 20 mil por aparelho que chegasse até as celas.
O servidor acabou preso nessa quarta-feira (10/7), durante a Operação Rottura, da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
O policial penal era responsável por introduzir aparelhos celulares no Complexo Penitenciário da Papuda e ainda planejar fuga de faccionados presos no Centro de Detenção Provisória (CDP).
A operação deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco/Decor), ainda cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um na residência do policial penal, em Planaltina de Goiás, e outro em uma casa associada às transações financeiras entre os presos e o suspeito, localizada no Riacho Fundo II.
A investigação teve início após a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) apreender um aparelho celular dentro do sistema prisional.
Com apoio da diretoria da pasta, a PCDF chegou até o suspeito. De acordo com as investigações, o policial, além de facilitar a entrada de celulares, auxiliava no planejamento de fuga de presos mediante o pagamento de propina de R$ 150 mil por preso.
As investigações também contaram com o apoio do Núcleo de Controle e Fiscalização do Sistema Prisional do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (Nupri/MPDFT).
Durante as buscas, foram apreendidos diversos itens que servirão como prova para a continuidade das investigações, incluindo documentos, dispositivos eletrônicos e anotações financeiras.