Quando a nova presidente da ABI assume a posição de liderança ela enfatiza que o papel da imprensa não é agradar mas sim informar com responsabilidade, coragem e compromisso social. Essa convicção reflete entendimento de que imprensa e democracia caminham juntas, cada uma sustentando a outra. A comunicação honesta, independente dos interesses partidários ou do agrado popular, torna-se pilar essencial para sociedades que pretendem garantir pluralidade de vozes. Esse momento reafirma que liberdade de imprensa não é luxo mas necessidade vital.
Ao expressar que o jornalismo não existe para agradar a presidente reforça urgência de resgatar valores como transparência, ética e rigor na apuração. Há uma curva de desgaste quando notícias são moldadas para satisfazer poderosos ou segmentos influentes em detrimento da verdade dos fatos. Nesse cenário fala-se muito em pressão econômica, em polarização e em uso político da mídia e isso exige postura firme de instituições que defendem voz livre. A ABI aparece como força de resistência à instrumentalização da notícia.
O compromisso institucional vai muito além de discursos pois exige normas, práticas e garantias. A responsabilidade de jornalistas inclui checar fontes, contextualizar informações e resistir à tentação de produzir conteúdos com viés acomodado. A presidente da ABI destaca que cumprir essa missão requer ferramentas jurídicas, proteção legal aos profissionais, segurança para investigar e coragem para trazer à tona o que é relevante. Sem isso não há como sustentar integridade no exercício profissional.
Também importa valorizar formação, ambiente acadêmico, ética profissional e reflexão sobre o papel social da notícia. Se o jornalismo não existe para agradar o crescimento de profissionais críticos, conscientes dos desafios de desinformação e manipulação digital, é condição para cultivar imprensa atuante. A capacitação de novos repórteres, debates sobre quem controla a mídia, responsabilidade social, tudo isso sustenta capacidade de imprensa resistir a pressões externas.
O contexto atual exige atenção especial ao fenômeno das notícias falsas, à atuação das plataformas digitais, ao poder de influência de redes sociais e ao risco de censura ou auto-censura. Quando se afirma que o jornalismo não existe para agradar ela denuncia que omissões, ecos de narrativas dominantes, alinhamentos ideológicos ou interesses comerciais podem comprometer função informativa. A regulação das plataformas, o controle social e transparência nos algoritmos são partes dessa resposta urgente.
Outro aspecto é o apoio institucional e legal aos jornalistas. Preservar independência editorial, garantir que não haja retaliações por críticas, defender direitos constitucionais de liberdade de expressão e imprensar se tornam imperativos. A ABI lidera debates que envolvem obrigatoriedade de diploma, regulação de grandes empresas de tecnologia, combate a fake news e estímulo ao jornalismo local. Tudo isso reforça que jornalismo não existe para agradar e sim para servir ao interesse público.
A interlocução entre imprensa, sociedade civil, órgãos reguladores e instituições de ensino aparece como estratégia para restabelecer confiança pública. Quando o público percebe cobertura comprometida ou seletiva a credibilidade se esvai. O envolvimento da comunidade, escuta social, prestação de contas dos veículos de comunicação ajudam a reconstruir esse laço. A presidente da ABI aponta que imprensa que ouve seus leitores ou telespectadores ganha legitimidade, outra chave para reforçar que jornalismo não existe para agradar.
Em síntese defender que jornalismo não existe para agradar é afirmar missão fundamental da imprensa num estado democrático. Pressupõe coragem dos jornalistas, autonomia das redações, responsabilidade social, compromisso com a verdade. Trata-se de reafirmar que notícia não é entretenimento manipulado nem produto que admiro ou desprezo, mas ferramenta essencial para que cidadania, direitos humanos, transparência e justiça sejam praticados. A imprensa livre, ativa e crítica é uma defensora constante da democracia.
Autor: Andrei Sokolov