Unicamp: Tom Zé e Mario Saad vão disputar 2º turno em consulta para definir novo reitor

A definição do reitor, contudo, só irá ocorrer após envio da lista com os nomes dos três candidatos participantes ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), para que seja realizada a nomeação. Tradicionalmente é escolhido para o cargo o candidato mais votado pela comunidade acadêmica.

A consulta inclui docentes, estudantes e funcionários. Ela foi por votação eletrônica, com e-voto.

O sucessor do físico Marcelo Knobel deve tomar posse em 19 de abril, será o 13º reitor da história da Unicamp e o mandato vai até dezembro de 2024. Confira abaixo as propostas dos candidatos.

O resultado deve ser formalizado na lista tríplice que será enviada ao governador de São Paulo em sessão marcada para 6 de abril no Conselho Universitário (Consu), órgão máximo de deliberação.

A votação do primeiro turno, realizada entre 8h30 de quarta-feira e 17h30 desta quinta-feira chegou ao fim com 10,3 mil votos entre os 35,1 mil possíveis. A abstenção geral foi de 70,4% e o resultado indica que o grupo com maior adesão foi o de professores, enquanto o de estudantes teve mais ausentes.

No processo foram contabilizados 314 votos brancos e 813 nulos, segundo a Unicamp.

No primeiro turno da consulta em 2017, por exemplo, a Unicamp contabilizou 9 mil votos, embora o colégio eleitoral fosse de 38 mil. O maior índice de abstenção foi de estudantes, o equivalente a 92,5%. O índice de ausentes foi de 32,7% entre servidores, e o menor, de 12,7%, verificado para docentes.

A apresentação, abaixo, ocorre por ordem de votos ponderados no 1º turno da consulta acadêmica.

Tom Zé – Faculdade de Engenharia de Alimentos

• Vice: Maria Luiza Moretti (“Luiza”)
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Mario Saad – Faculdade de Ciências Médicas

• Vice: Marco Aurélio Zezzi Arruda (“Zezzi”)
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No site da Secretaria Geral há, ainda, link para sites de campanha e e-mails para contato.

O presidente da Comissão Organizadora da Consulta (COC), professor Pascoal Pagliuso, afirma que as campanhas têm apresentado nível elevado e foco em planos para melhorias da universidade. Segundo ele, o propósito das chapas não fica limitado aos campi diante do atual contexto político no Brasil.

“Querem levar a Unicamp para além dos muros, aproximá-la da sociedade e das decisões científicas de todas as áreas. Fazer com que todos conheçam o valor dela enquanto universidade pública, gratuita e referenciada”, avalia.

A votação será eletrônica e, por isso, a universidade diz que cada participante deve garantir que a conta de e-mail institucional esteja ativa e operacional.

“Caso use e-mail de redirecionamento, o provedor indicado não deverá bloquear a entrega de mensagens originadas pelo remetente [email protected], ou exigir passo de confirmação para liberar a mensagem do referido remetente”, diz nota da assessoria.

A universidade destaca, em outro trecho, que antes da pandemia já trabalhava na infraestrutura para permitir consulta remota antes da pandemia, e que o voto eletrônico é usado “há mais de uma década”.

Além disso, admite que o processo atual permite voto nulo, mas adianta que pretende discutir modificação de legislação interna para que eles sejam eliminados. “Em sistemas eletrônicos não existe por definição a possibilidade de voto nulo, que eleições em papel tinham. Quanto menos modificações no software original, melhor do ponto de vista da transparência do processo”, diz texto.

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A universidade tem orçamento estimado em R$ 2,84 bilhões, incluindo R$ 208,6 milhões de uma reserva financeira com objetivo de cobrir déficit de anos anteriores e o total previsto neste exercício.

Atualmente, ela é responsável por 8% da pesquisa acadêmica no país e tem 37 mil alunos matriculados em 65 cursos de graduação e 158 de pós. Já o quadro de funcionários ativos é formado por aproximadamente 2 mil professores e 7,1 mil servidores técnico-administrativos.

Além dos campi instalados em Campinas (SP), Limeira (SP) e Piracicaba (SP), a universidade estadual também contabiliza as áreas de dois colégios técnicos – Cotuca (Campinas) e Cotil (Limeira) – além do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, em Paulínia (SP).